Vamos conhecer agora, as questões mais clássicas de incontinência urinária na mulher. É jogo rápido. Leia isso antes da prova e garanta algumas questões para sua aprovação.
Incontinência Urinária
Agora vamos estudar as questões mais manjadas de ginecologia sobre incontinência urinária. Falaremos sobre as diferentes incontinências, os diferentes tratamentos e as diferentes indicações. Abra o olho!
Questão 1
Mulher de 36 anos com queixa de perda urinária aos esforços há 5 anos, após o último parto com piora nos últimos meses e grande desconforto social. IMC de 21, normotensa, sem outras patologias ou alterações no exame. Solicitado estudo urodinâmico que mostrou perda urinária com 100 cm H²0. Qual é o diagnóstico?
Essa questão é clássica!
Mulher com queixa de perda urinária aos esforços (tosse, riso, exercício físico), deve nos levar à hipótese de incontinência urinária de esforço. Podemos ter basicamente dois tipos:
1) Hipermobilidade do colo vesical (HMC)
2) Deficiência esfincteriana intrínseca (DEI)
No estudo urodinâmico teremos a CISTOMETRIA que diferenciará esses dois tipos.
Na HMC ocorrerá perda urinária com pressão ACIMA DE 95 centímetros de água.
Na DEI ocorrerá perda urinária com pressão ABAIXO DE 60 centímetros de água.
Questão 2
Mulher de 50 anos, com IMC de 31, procura assistência médica por perda urinária aos esforços e urgência de urinar. Realizou urodinâmica que revelou perda de urina sob pressão de 50cm de água. Qual é o tratamento mais adequado dessa paciente?
O diagnóstico nós já sabemos. É a deficiência esfincteriana intrínseca!
Em relação à incontinência aos esforços, devemos ser diretos:
DEI = Cirurgia de SLING
HMC = Cirurgia de BURSH… Exceto OBESAS e DPOCs. Nessas a conduta também será o SLING!!
A cirurgia de BURSH parece com a de MARSHALL, mas essa última envolve uma fixação na sínfise pubiana, podendo acarretar em OSTEÍTE!
Questão 3
Mulher com queixa de perda urinária aos esforços realiza urodinâmica que revela contrações não inibidas do detrusor. Qual é o tratamento dessa paciente?
Essas contrações não inibidas do detrusor… O que será isso?
É a BEXIGA HIPERATIVA!
Nessa entidade clínica, a paciente apresentará URGÊNCIA URINÁRIA ou o simples AUMENTO DA FREQUÊNCIA URINÁRIA associado com nictúria.
A perda aos esforços ocorre algum tempo depois do esforço, diferentemente do que ocorre na IUE, onde a perda é simultânea.
Cabe aqui uma leve explanação:
Quem contrai a uretra e não nos deixa urinar em público?
É o SIMPÁTICO! Simpático prende urina.
Quem faz a gente urinar ao contrair a bexiga?
É o PARASSIMPÁTICO! “Antipático” solta urina.
A partir disso, poderemos entender o tratamento da bexiga hiperativa (que é SEMPRE CLÍNICO). Ele é feito através de medicações com propriedades “anti-parassimpáticas”, ou melhor, ANTICOLINÉRGICAS!!
As drogas de escolha são:
OXIBUTININA e TOLTERONIDA
Além de anticolinérgicas são antiespasmódicas!
Nas questões, veremos também os Antidepressivos tricíclicos (como a IMIPRAMINA).
Na maioria das vezes, você só deverá saber se é o simpático ou o parassimpático que faz a contração da bexiga. Ou também se as drogas contra a hiperatividade do detrusor são anticolinérgicas ou colinérgicas…
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Daniel Sant’Anna